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Mulheres na Segurança da Informação

“Mulheres não sabem fazer contas!” é algo que você deve ter ouvido na escola, quando era criança. Infelizmente, o mundo em que vivemos é construído sobre crenças e noções duradouras que influenciam como pensamossentimos e agimos, que podem continuar em ciclos na fase adulta e mais adiante. Quando observamos as empresas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), há uma evidente disparidade entre a proporção de homens e mulheres. Mas por quê? E como podemos mudar isso?

Não são muitas as meninas que procuram STEM desde tenra idade por algumas razões:

  • Tropos de gênero: ao pensar em matemática, você faz associação a comportamentos masculinos ou femininos? Não por falha sua, a associação de STEM com a masculinidade se desenvolveu ao longo do tempo e, como consequência, influenciou as mulheres quando confrontadas com a escolha de suas paixões, já no ensino fundamental.

  • Espaço masculino supersaturado: como este é um problema cíclico que é continuamente perpetuado por uma área supersaturada de homens, as mulheres que entram nos espaços tecnológicos são recebidas com exclusão e inflexibilidade. Que esses espaços não são seguros nem acolhedores para mulheres e minorias, é uma importante e desconfortável verdade a ser admitida para lidar com esse problema.

  • Falta de referências femininas: agora que você sabe que esses espaços são dominados por homens, você também pode imaginar como a mídia representa esses cargos em programas de TV e filmes. Exemplos de líderes fortes em STEM, em toda a mídia e cultura pop, que inspiram meninas são um pouco escassos.

Embora esses fatores tenham impactado negativamente a STEM, ações estão sendo tomadas para combatê-los. Antes de avançarmos para as mulheres na segurança da informação, vamos observar algumas organizações que estão trabalhando bastante no combate aos problemas que as mulheres enfrentam ao buscar STEM e para eliminar a diferença de gênero.

Organizações na liderança do esforço

Em 2022, as mulheres na tecnologia compunham 28% do mercado de trabalho, o que é uma perturbadora e lamentável estatística, já que as mulheres constituem mais da metade da população mundial. Felizmente, organizações têm progredido em ajudar mais mulheres a terem acesso à STEM como escolha de carreira e elas lidam com os obstáculos oferecendo treinamentos de codificação, cursos de desenvolvimento profissional, programas extracurriculares e criando oportunidades de networking e mentoria.

Apoiar as mulheres com todas essas oportunidades permite a elas eliminar cada vez mais a desigualdade. Algumas das organizações que estão fazendo esse trabalho são a National Girls Collaborative Project, Association for Women in Science, Girls in Tech, National Center for Women & Information Technology, AnitaB.org, Ada Developers Academy, Black Girls Code e muitas outras. Embora os obstáculos estejam profundamente arraigados na sociedade, essas organizações estão trabalhando a fim de melhorar a vida das atuais e das futuras profissionais.

Sob o termo guarda-chuva STEM, a segurança da informação se destaca como um setor que possui uma riqueza de oportunidades profissionais.

Mulheres na Segurança Virtual

A segurança informação tem sido dominada por homens há muitos anos, porém, a situação está mudando lenta, mas certamente. Atualmente, as mulheres compõe 25% do mercado de trabalho da segurança da informação, um aumento sobre 2019 e 2013, quando as mulheres ocupavam, respectivamente, 20% e 10% dos cargos em segurança da informação. Embora mais mulheres tenham buscado a segurança da informação, graças a programas de bolsas e iniciativas que fornecem apoio e informação às mulheres, ainda há mais trabalho a fazer.

De acordo com o Relatório de 2022 das Mulheres na Segurança da Informação, o futuro da segurança da informação é das mulheres, com tendência de aumento delas nessa área, elevando para 30% em 2025 e 35% em 2031. À medida em que a diferença aos poucos diminui, é importante ter em mente a razão pela qual o envolvimento das mulheres na segurança da informação é importante para o mundo em geral.

  • Cargos vagos: os cargos de segurança da informação disponíveis são amplos. Em 2022, havia quase 3,5 milhões de cargos vagos em segurança da informação. Isso significa que não há profissionais qualificados o suficiente para essas funções e, como a segurança da informação é agora crucial, há uma enorme demanda para preencher esses cargos com profissionais do sexo feminino que possam assumir os desafios da segurança cibernética.

  • Salários mais altos: ao trabalhar em STEM, você pode ter aumento salarial de imediato, especialmente em comparação com muitos outros empregos. Infelizmente, as mulheres não estão buscando carreiras em STEM com tanta frequência quanto os homens. A diferença salarial entre homens e mulheres se deve, em parte, aos cargos que as mulheres ocupam e, se os homens continuarem a assumir funções mais bem remuneradas, essa diferença só aumentará.

  • A importância da segurança virtual: toda vez que você se inscreve em um site ou fornece suas informações confidenciais a um site ou uma empresa, suas informações ficam armazenadas. Ninguém quer suas informações nas mãos dos criminosos virtuais e é aí que a segurança da informação entra em jogo: profissionais de segurança da informação trabalham para proteger seus dados.

  • Mais mentes, mais soluções: ao lidar com novas ameaças virtuais, analisar um problema de outras maneiras é extremamente importante e a diversidade de pensamentos torna uma equipe mais forte. À medida em que o crime virtual se torna cada vez mais criativo no modo como as violações de dados são realizadas, profissionais de segurança da informação do outro lado da tela também devem ser criativos na forma como buscam e se defendem de possíveis ameaças.

Mulheres líderes em segurança da informação

Embora a diferença ainda exista, muitas mulheres alcançaram êxito na área da segurança da informação.

Dra. Alissa Abdullah (Dra. Jay)

Liderando a Mastercard como vice-diretora de segurança, Dra. Alissa Abdullah  possui uma lista vasta de experiências, incluindo o serviço como vice-chefe de segurança para outras organizações, como a Xerox e a Casa Branca. Enquanto trabalhava nessas instituições, ela fundou um programa de gerenciamento de risco de informação em toda a empresa e atualizou os serviços de nuvem e virtualização do sistema do escritório executivo do Presidente. Ela também lidera a equipe de Soluções Emergentes para Segurança Corporativa e apresenta o Mastering Cyber Podcast.

Deneen Difiore

Com mais de vinte anos de experiência, Deneen Difiore atualmente trabalha na United Airlines como vice-presidente e diretora de segurança de informação, após ascender posições na GE. Além do seu trabalho atual, ela também participa de vários conselhos, como o da Blackbaud e o da Internet Security Alliance, e seu trabalho foi reconhecido por publicações como a Technology Magazine e a CSO Magazine.

Kyla Guru

Ela pode ainda não ter terminado sua graduação pela Universidade de Stanford, mas Kyla é muito competente quando se trata de segurança cibernética. Como estudante do ensino médio, ela fundou a GirlCon Tech, uma conferência de tecnologia do ensino médio que reúne um enorme grupo de profissionais e estudantes, e o Bits N’ Bytes, um programa de educação em segurança da informação. Ela também faz apresentações sobre segurança da informação, trabalhando para eliminar as diferenças de habilidades, unir a Geração Z para enfrentar a boa luta e promover a segurança na internet para mulheres, na RSAC-EUA, TEDxChicago, RSA-APJ, em Cingapura, e na Conferência NICE K12 do NIST. Acrescente-se à sua impressionante lista de realizações que ela está atualmente estagiando na NSA e na Cybersecurity and Infrastructure Security Agency, em Washington DC, e que se formará pela Stanford, em 2024.

Estas são apenas algumas mulheres exemplares que servem como referências para as jovens que olham para as possibilidades do futuro e, à medida em que mais pessoas continuarem a defender as mulheres na segurança da informação, na STEM, a diferença de gênero também continuará a reduzir. Com uma enorme quantidade de cargos vagos e a necessidade de mais mulheres se tornarem líderes e referências para as gerações futuras, a segurança da informação está cheia de possibilidades, e agora é a sua vez de se tornar referência. Confira o curso de segurança da informação do Ironhack que em pouco tempo vai prepará-la para o trabalho.

FONTE: Ironhack