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15 tendências do marketing digital no turismo

O marketing digital está se transformando rapidamente, impulsionado por tecnologias inovadoras e uma ênfase crescente em ética e transparência. Para as empresas, negócios do turismo e destinos que buscam se destacar, adaptar-se a essas mudanças com agilidade e inteligência é fundamental. Aqueles que conseguirem navegar por este cenário em evolução terão a chance de liderar em inovação e crescimento sustentável.

Reuni as principais tendências e movimentos que estão moldando o futuro do marketing digital no turismo, destacando como elas estão redefinindo a maneira como as marcas e destinos turísticos interagem com seus consumidores e se posicionam no mercado. Está pronto para descobrir as forças que prometem transformar o marketing digital?

Separei em 3 camadas de tendências, sendo elas Tecnologia, Marketing de Influência e Hábitos de consumo. Este será o artigo mais completo para o segmento do turismo que combina tendências do marketing digital e inovação conectados com os hábitos de consumo dos viajantes. Espero que goste e compartilhe com quem pode se interessar por esse universo.

Revolução tecnológica no turismo: as principais tendências para o presente e o futuro

1- Inteligência Artificial: personalização e eficiência

A IA (Inteligência Artificial) está revolucionando o marketing digital no turismo, oferecendo personalização em um nível nunca antes visto. Além disso, a IA está transformando a forma como os negócios e destinos interagem com os turistas. Utilizando dados de comportamento em tempo real, essas empresas podem agora oferecer ofertas personalizadas que têm maior probabilidade de conversão. Além das rotinas operacionais, decisões estratégicas e criação de conteúdo. O mercado será dividido entre quem adota IA e quem escolheu ficar para trás. Assim como foi com a Internet, nós seremos empurrados para as soluções com Inteligência Artificial.

De acordo com uma pesquisa da RD Station, 73% dos profissionais de marketing digital veem a IA como a principal tendência para os próximos anos. E a Microsoft revelou que no Brasil, 74% das micro, pequenas e médias empresas usam IA atualmente. A maior parte das soluções adotadas se concentram em ganho de eficiência e produtividade (72%), melhoria no atendimento ao cliente (58%) e redução de custos (46%). Com mais produtividade podemos entregar mais com menos tempo ou ainda mais com mais tempo, com melhoria no atendimento podemos personalizar e ter mais agilidade para fidelizar e não perder negócios, com redução de custos podemos escalar ainda mais reduzindo preço final ou reinvestindo em inovação. Percebe como a IA é poderosa?

A IA generativa está desempenhando um papel crucial no processo criativo, ajudando a definir estratégias de marketing mais eficazes. No turismo temos que tomar muito cuidado ao adotar a manipulação de fotos e vídeos. A transparência e compromisso em mostrar o destino real deve sobrepor o uso da IA, mantendo ela mais nos processos operacionais e estratégicos. Desde tradução em tempo real em eventos, clonagem de voz em vários idiomas para divulgar destinos, avatares inteligentes, entre outras possibilidades para o mercado. Teremos um excesso de artificialidade e podemos imaginar um mundo onde o original ganhe valor no mercado, inclusive evite usar avatares. Google, Youtube e Instagram já estão forçando as empresas a sinalizarem que seus conteúdos possuem IA caso utilizem pois senão serão prejudicados no futuro por ocultarem essa informação. Como está o seu uso de IA no seu negócio?

2- Hiperautomação de marketing: conexão inteligente

A automação tradicional foca na simplificação e eficiência de processos rotineiros, integrando diferentes tecnologias e regras para criar um fluxo contínuo de atividades, visando melhorar a produtividade, sincronizar tarefas, e minimizar erros. Por outro lado, a hiperautomação eleva esse conceito a um novo patamar, incorporando inteligência artificial (IA), interfaces de programação de aplicações (APIs), e automação de processos robóticos (RPA) para não apenas automatizar, mas também otimizar e expandir os resultados empresariais.

A revolução da automação inteligente ou hiperautomação, está a caminho de se tornar uma realidade em grande parte do mundo corporativo, com estimativas apontando que até 2025, 80% das empresas adotarão essa tecnologia avançada, conforme revela uma pesquisa da Analytics Insight. Essa transformação não é apenas uma tendência passageira, mas uma evolução estratégica que promete aumentar a receita anual das empresas em até 10%, segundo relatos de executivos.

A hiperautomação representa uma evolução significativa, permitindo que as empresas não só automatizem tarefas, mas também aprimorem a tomada de decisões e a análise de dados. Isso possibilita que as equipes se concentrem em estratégias e inovações, enquanto os sistemas automatizados cuidam das operações, elevando a eficiência e a competitividade no mercado.

Segundo um estudo da Deloitte, 42% das empresas já implementaram a hiperautomação em algum nível, e um adicional de 20% planeja adotá-la nos próximos 12 meses. Essa tendência indica um movimento em direção a uma maior integração de tecnologias inteligentes nos processos empresariais, destacando a hiperautomação como um elemento chave para o sucesso e crescimento no futuro próximo.

A combinação de IA, APIs e RPA permite que a hiperautomação não apenas execute tarefas, mas também aprenda e se adapte, melhorando continuamente os processos de negócios. Isso abre caminho para inovações disruptivas e um novo nível de eficiência operacional, transformando radicalmente a maneira como as empresas operam e competem no cenário global.

A hiperautomação no contexto do marketing, é uma sinergia entre automação, IA, aprendizado de máquina e marketing, que está revolucionando a forma como as agências de viagens, hotéis e destinos turísticos se conectam com seu público. Essa tecnologia permite uma análise profunda dos dados dos clientes, antecipando suas necessidades e personalizando as campanhas de marketing para atender às suas expectativas de maneira mais precisa.

Os chatbots, anúncios direcionados e sequências inteligentes de e-mails vem contribuindo muito nas campanhas de vendas das empresas do turismo, dando super poderes para pequenos e médios negócios que muitas vezes não tem poder financeiro para contratar ou manter uma grande equipe. Cada vez mais o foco será na estratégia e inteligência de uso das ferramentas de comunicação e menos na tecnologia em si. Por isso profissionais do turismo precisam passar a se interessar mais pela tecnologia e marketing pois o mercado vai precisar demais desses profissionais. Das automações mais simples até as mais avançadas, você já utiliza alguma?

3- CRM: além do armazenamento de dados

O Customer Relationship Management (CRM) é frequentemente subestimado como meramente um repositório de dados do cliente, mas seu verdadeiro potencial vai muito além. Ele é uma ferramenta poderosa para aprofundar o entendimento sobre o cliente, escalar vendas para sua carteira de clientes, abrangendo desde suas preferências individuais até o histórico completo de interações e vendas com a marca. A GoDaddy fez uma pesquisa no Brasil em 2023 mostrando que 65% das micro e pequenas empresas brasileiras usam CRM, mas no turismo essa realidade é diferente.

A coleta de dados permanece essencial, mas a verdadeira magia reside na habilidade de analisar e interpretar essas informações para moldar estratégias de marketing mais eficazes e personalizadas. As empresas que dominam o uso do CRM, explorando todas as suas funcionalidades para entender e antecipar as necessidades dos clientes, ganharão uma vantagem competitiva significativa. Isso não apenas melhora a eficiência das campanhas de marketing, mas também eleva a experiência do cliente, colocando as marcas que investem nessa tecnologia à frente no mercado. Você já utiliza um CRM?

4- Proteção da privacidade dos dados: transparência e segurança

A proteção da privacidade dos dados tornou-se um pilar fundamental no setor do turismo, especialmente à luz da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), em vigor desde 2019. Esta legislação reflete a crescente demanda por transparência e segurança na gestão de informações pessoais, impulsionando as empresas a adotarem práticas mais rigorosas de proteção de dados. A discrepância entre a percepção dos executivos e a realidade sentida pelos consumidores, como destacado em um estudo da PWC, demonstra a necessidade urgente de as marcas reavaliarem suas estratégias de dados.

A ênfase na utilização de dados first-party, ou seja, informações coletadas diretamente da interação com o cliente, está emergindo como uma tendência chave para superar os desafios impostos pelas restrições ao acesso a dados de terceiros. Isso é particularmente relevante para hotéis, companhias aéreas e destinos turísticos que buscam entender melhor seus clientes e personalizar suas ofertas. Ao analisar o comportamento de reserva e as preferências de viagem diretamente dos dados dos clientes, essas empresas podem criar experiências mais ricas e seguras, alinhadas com as expectativas dos viajantes modernos.

A transição para uma abordagem centrada em dados não apenas cumpre com as exigências regulatórias, mas também abre caminho para campanhas de marketing mais eficazes e personalizadas. Mas devemos nos prevenir e cuidar muito bem desses dados para não correr o risco de vazamento ou sequestro de informações, comprometendo seu negócio. Em 2023 o número de decisões judiciais relacionada a LGPD cresceram 81% (Painel LGPD 2023). Segundo a pesquisa da Cetic.br 2022, apenas 32% das empresas brasileiras têm uma política de privacidade que informe como realiza o tratamento dos dados e 30% das empresas declararam realizar teste de segurança contra vazamentos de dados. Por isso devemos dar atenção para não termos surpresas no futuro. Você tem cuidado da cibersegurança do seu negócio?

5- Realidade aumentada e virtual: imersão e experiência

A Realidade Aumentada (RA) e a Realidade Virtual (RV) estão transformando o turismo, proporcionando aos viajantes pré-visualizações imersivas que enriquecem toda a jornada, desde o planejamento até a vivência no destino. Embora a adoção direta por parte dos viajantes ainda esteja tímida devido a questão financeira e de consciência tecnológica do usuário, intermediários e ferramentas de promoção de destinos já estão explorando essas tecnologias para criar experiências únicas.

Os últimos movimentos das gigantes Meta e Apple nos conduziram a uma reflexão sobre o uso de óculos de Realidade Mista (mistura de Virtual com Aumentada), interagindo com elementos virtuais no mundo real. O trabalho colaborativo a distância, os espaços físicos integrando com seu espaço virtual, consumo de conteúdo imersivo e games, elevaram o nível do mercado. Ainda não conseguimos prever os próximos passos, mas com a IA tudo pode ser possível para tornar essa tecnologia ainda mais imersiva, interativa e personalizada.

Segundo a Threekit, as experiências de produto com AR podem ser até 200% mais envolventes, destacando o potencial dessa tecnologia para aumentar as taxas de conversão. Um exemplo prático disso é um museu que oferece uma aplicação de RA, permitindo que os visitantes apontem seus smartphones para exibições específicas e vejam informações adicionais, recriações históricas ou até mesmo comentários em áudio sobre a peça. Essa camada extra de interação não só enriquece a experiência do visitante, mas também serve como uma poderosa ferramenta de marketing, atraindo mais visitantes interessados em uma experiência educacional e imersiva.

Transformando o turismo: o poder do marketing de influência

6- TikTok: de entretenimento a educação

O TikTok está se reinventando, passando de uma plataforma conhecida por suas danças virais e músicas chicletes para se tornar um verdadeiro centro de aprendizado. É uma plataforma que cativa milhões diariamente, e que tem se revelado uma força transformadora no setor de turismo brasileiro. Segundo pesquisas realizadas pelo próprio TikTok e pela Offerwise entre 2021 e 2024, 76% dos viajantes brasileiros utilizam o TikTok todos os dias, e uma proporção significativa desses usuários planeja suas viagens aéreas nos próximos 12 meses (59%). Esses dados não apenas enfatizam a influência do TikTok nas decisões de viagem, mas também apontam para a plataforma como um canal de marketing essencial para o turismo.

A capacidade do TikTok de influenciar as decisões de viagem é inegável. Cerca de 77% dos usuários sentiram-se inspirados a visitar novos destinos após vê-los na plataforma, e um a cada três brasileiros procurou por viagens ou tópicos relacionados no TikTok. Outro destaque, 70% dos usuários desejam conteúdo que ofereça dicas de destinos e viagens, especialmente para o verão, um período em que 63% tendem a gastar mais em viagens.

No turismo, essa evolução abre portas para uma nova forma de engajamento e educação dos viajantes. Agências de viagens, guias de turismo e destinos podem utilizar o TikTok para compartilhar conhecimentos valiosos, desde dicas de viagem até informações culturais profundas, tudo em formatos visuais atraentes e de fácil digestão. Acabaram as desculpas para entrar de vez nesse canal poderoso de comunicação.

7- Micro influenciadores Digitais: Parcerias Além da Promoção

No universo do turismo, a colaboração com influenciadores digitais vai além da simples promoção. Mas não devemos subestimar a existem dos micro influenciadores, que são perfis nas redes sociais com uma base de seguidores que varia de 10.000 a 50.000 pessoas. Apesar de não possuírem uma audiência gigantesca como as celebridades ou mega influenciadores, eles se destacam pela qualidade do engajamento e pela autenticidade de suas interações. Seus seguidores geralmente os percebem como figuras mais próximas ou até mesmo como amigos, conferindo às suas opiniões e sugestões um peso de confiança e intimidade maior.

A pesquisa da Censo dos Criadores de Conteúdo do Brasil (CCCB 2023), 40% dos criadores de conteúdo brasileiros possuem menos de 10 mil seguidores e 78% têm até 50 mil seguidores. 84% já fizeram permutas, parcerias ou divulgação de recebidos e 25% nunca fizeram trabalho remunerado, o que no meu ponto de vista é um absurdo, pois deveriam ser remunerados sim. Quando um criador recebe pagamento por seu trabalho, ele ganha a oportunidade de se dedicar mais a entrega, ainda mais sob medida, além de recrutar ajuda, seja para tarefas criativas ou de produção. Isso resulta na criação de conteúdo de maior qualidade e robustez, além de contribuir para a geração de empregos e o desenvolvimento de uma cadeia produtiva no setor.

Agências de viagens, hotéis e destinos turísticos estão cada vez mais se alinhando com micro influenciadores que compartilham valores semelhantes e têm um público engajado. Um estudo da Statista revela que mais de 43% dos brasileiros já foram influenciados por criadores de conteúdo em suas decisões de compra, evidenciando o impacto significativo dos influenciadores no comportamento do consumidor. No contexto do turismo, isso pode se traduzir em escolhas de destinos, acomodações e experiências de viagem, com base nas recomendações de viajantes confiáveis.

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8- Embaixadores de marca: construindo relações de longo prazo

Além disso, a transformação de influenciadores em embaixadores de marca de longo prazo representa uma evolução significativa na estratégia de marketing. Essa abordagem permite uma integração mais profunda entre a marca e o influenciador, resultando em campanhas mais coerentes e impactantes a longo prazo.

Ao construir uma estratégia com embaixadores você gera uma conexão mais duradoura com o criador, permitindo absorver ainda mais as características dos dois lados. Uma forma incrível de se humanizar as marcas e destinos, permitindo atribuir os 5 sentidos nessa relação além de construir uma consciência coletiva com mais afinidade com seu público em comum. Já considerou trabalhar com algum embaixador da sua marca ou destino?

9- Colaboradores como influenciadores: o conhecimento interno

A ascensão dos colaboradores das empresas como influenciadores é outra tendência notável, destacando o valor da autenticidade e do conhecimento interno. Essa abordagem não só humaniza a marca, mas também aproveita o conhecimento e a paixão dos colaboradores, transformando-os em defensores genuínos da empresa.

De acordo com um estudo realizado pela Gallup Poll em 2022, marcas que utilizam colaboradores como influenciadores podem ver um aumento de até 22% em sua lucratividade. Esses colaboradores se mostram como uma força significativa para promover marcas, serviços e produtos. Em um levantamento feito pela Associação Brasileira de Comunicação Empresarial (Aberje) em março de 2023, foi revelado que 28% das organizações pretendem adotar programas de colaboradores influenciadores em suas estratégias de comunicação, tanto interna quanto externamente.

Apostar nesses programas permite às empresas cultivar uma imagem de autenticidade muito apreciada pelos consumidores, tornando a comunicação da marca mais eficaz do que a alcançada por meio de publicidade convencional.

10- Conteúdo Gerado pelo Usuário (UGC): autenticidade e engajamento

O Conteúdo Gerado pelo Usuário está revolucionando o marketing no turismo, oferecendo uma camada extra de autenticidade e engajamento. Uma pesquisa da EnTribe em 2023 nos Estados Unidos revelou que 82% dos entrevistados seriam mais propensos a consumir produtos ou serviços de marcas que utilizam UGC em suas estratégias de marketing. Além disso, 86% afirmam que tendem a confiar mais em marcas que publicam UGC em comparação com aquelas que se apoiam em influenciadores.

Consideramos UGC desde posts, fotos e vídeos gerados pelos clientes, ou seus depoimentos e principalmente suas avaliações nas plataformas, redes sociais e marketplaces do mercado. Por isso a importância de se manter os canais de avaliação atualizados e respondendo ativamente a todos os depoimentos.

Um estudo da Nosto reforça que 79% dos consumidores afirmam que o UGC influencia significativamente suas decisões de compra, com 85% levando em conta a classificação por estrelas ou notas antes de concluir uma compra. Além que o UGC impacta 9,8 vezes mais as decisões de compra dos consumidores em comparação com o conteúdo de influenciadores. Esses dados demonstram a crescente relevância do UGC e a necessidade das marcas de integrar esse tipo de conteúdo em suas estratégias de marketing para construir confiança, autenticidade e impulsionar as vendas.

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Transformações nos hábitos de consumo no turismo

11- Vídeos curtos: a nova fronteira do engajamento

A era dos vídeos curtos e efêmeros está apenas começando. Esses formatos rápidos e diretos não só capturam a atenção instantaneamente, mas também criam uma conexão mais forte com o público, aproveitando a brevidade para gerar impacto significativo. No turismo, isso se traduz em pré-visualizações atraentes de destinos, experiências imersivas em hotéis ou até mesmo dicas rápidas de viagem, todos compartilhados através de plataformas como TikTok e Instagram. Esses vídeos se tornam ferramentas essenciais para despertar o interesse e a curiosidade dos viajantes, incentivando-os a explorar novos lugares.

A preferência dos consumidores por vídeos curtos como meio de aprender sobre produtos ou serviços está se tornando cada vez mais evidente. Segundo a Hootsuite, 73% dos consumidores demonstram uma inclinação para vídeos que não se estendem muito, valorizando a capacidade de absorver informações de forma rápida e eficiente. Esta tendência é particularmente marcante entre as gerações mais jovens, com 57% da Geração Z e 42% dos Millennials optando por este formato para descobrir novidades sobre produtos, conforme aponta a HubSpot.

A brevidade dos vídeos não apenas atende à preferência por consumo de conteúdo ágil, mas também se adapta perfeitamente ao estilo de vida dinâmico atual, permitindo que as pessoas se informem em movimento. A duração ideal desses vídeos curtos, segundo profissionais de marketing consultados pela HubSpot, varia entre 11 e 60 segundos, com uma forte concentração na faixa de 31 a 60 segundos como o período mais eficaz para capturar a atenção do público.

Além da preferência e da praticidade, os vídeos curtos provaram ser uma ferramenta poderosa em termos de engajamento. De acordo com a Broto Social, eles geram até 2,5 vezes mais interações em comparação com os vídeos mais longos. Isso reforça a importância de integrar vídeos curtos nas estratégias de marketing digital, especialmente considerando que 93% dos profissionais de marketing já reconhecem o vídeo como um elemento crucial para o sucesso nas mídias sociais. Esses insights apontam a necessidade das marcas adaptarem suas abordagens de marketing para incluir vídeos curtos que sejam informativos, diretos e visualmente atraentes. Ao fazer isso, as empresas não apenas atendem às preferências de consumo de conteúdo das gerações mais jovens, mas também maximizam o potencial de engajamento e conversão em suas campanhas de marketing digital.

Com 68% das pessoas descobrindo novos produtos e destinos através de plataformas como o TikTok, conforme aponta o DataReportal, fica claro que os vídeos curtos são mais do que apenas conteúdo, eles são canais vitais para a descoberta e construção de relacionamentos duradouros com os consumidores. A tendência de vídeos mais longos no Reels do Instagram e no TikTok sugere uma evolução para conteúdos que mergulham mais fundo nas histórias, permitindo aos criadores e marcas turísticas compartilhar experiências mais ricas e detalhadas que podem engajar ainda mais o público.

12- Redes sociais como motores de busca

O uso das redes sociais como mecanismos de busca está se tornando cada vez mais presente, especialmente entre as gerações mais jovens. Plataformas como Instagram e TikTok estão se transformando em ferramentas essenciais para a descoberta de novos produtos, serviços e experiências de viagem. Isso sugere uma mudança na estratégia de marketing digital para o turismo, onde a otimização de conteúdo para essas plataformas se torna tão crucial quanto para os motores de busca tradicionais.

Uma pesquisa recente da Adobe revelou uma tendência surpreendente entre os jovens nascidos entre 1995 e 2010: 64% deles estão substituindo o Google pelo TikTok como sua principal ferramenta de busca por informações. Este fenômeno é parte de uma mudança mais ampla nas preferências de pesquisa online, com a geração Z liderando a transição das buscas tradicionais para as redes sociais. De acordo com um estudo de 2023 da Capterra, 37% dos membros da geração Z já fizeram essa mudança, em contraste com apenas 12% dos baby boomers.

As plataformas preferidas para essas buscas online são o YouTube, Instagram e Facebook, com o YouTube sendo a escolha dominante para 91% dos usuários que recorrem a redes sociais para pesquisar. O Instagram segue com 79% da preferência. A rolagem infinita e a diversidade de formatos disponíveis nessas plataformas, especialmente no Instagram, têm um apelo particular para os usuários mais jovens, tornando a experiência de busca tão ou mais relevante que os resultados em si.

A pesquisa da Capterra também destaca que 96% dos entrevistados acham esse tipo de resultado útil, com 61% apontando a facilidade de encontrar o que buscam como o principal benefício. Muitos jovens expressam uma preferência clara pelo TikTok para pesquisas, citando a capacidade da plataforma de fornecer respostas rápidas e específicas, além de recomendar conteúdo relacionado de forma intuitiva. Os usuários valorizam a autenticidade e a relevância do conteúdo encontrado no TikTok, muitas vezes preferindo-o ao YouTube por sua brevidade e falta de interrupções publicitárias. A plataforma é vista como um espaço onde é fácil encontrar especialistas e profissionais que compartilham dicas e insights em seus campos, além de permitir visualizar experiências reais de pessoas testando produtos e visitando lugares.

A pesquisa TIC Kids Online Brasil 2023 reforça essa tendência, mostrando que 40% das crianças e adolescentes de 11 a 17 anos acreditam que o primeiro resultado de uma busca na internet é a melhor fonte de informação. Essa confiança nos resultados de busca, ilustra uma mudança significativa no comportamento online e nas expectativas de como as informações são encontradas e consumidas, principalmente no combate a fake news e desinformação constante nesses canais. Essas descobertas sugerem uma evolução nas estratégias de marketing digital, especialmente para agentes de viagens, destinos turísticos e hotéis. Para se conectar efetivamente com a geração Z, esses setores precisam adaptar suas abordagens para incluir conteúdo autêntico e envolvente nas plataformas preferidas desses jovens.

Além disso, as marcas devem considerar a importância da localização e das recomendações personalizadas, como destacado no exemplo de busca por serviços locais no TikTok. Ao alinhar suas estratégias de marketing digital com as preferências e comportamentos da geração Z, os profissionais do turismo podem maximizar seu alcance e impacto, aproveitando as redes sociais como poderosas ferramentas de busca e engajamento. Essa tendência aponta a importância de adaptar as estratégias de marketing digital para incluir não apenas SEO tradicional, mas também a otimização de conteúdo para redes sociais, garantindo que as marcas turísticas permaneçam relevantes e visíveis no cenário digital em constante mudança.

13- A ascensão do social commerce

O marketing conversacional e os canais de mensagem direta, como Instagram, WhatsApp e Facebook Messenger, estão transformando a maneira como interagimos com os clientes. Essa abordagem permite que toda a jornada do cliente, desde a descoberta até a compra, ocorra dentro das plataformas digitais. Esse fenômeno, conhecido como Social Commerce, está crescendo exponencialmente, tornando-se uma prática comum na rotina de milhões de brasileiros. De acordo com a pesquisa “E-commerce Trends 2024” realizada pela Octadesk em parceria com a Opinion Box, 62% dos entrevistados afirmaram fazer de duas a cinco compras online todos os meses.

Isso é particularmente valioso no turismo, onde agências de viagens e operadores turísticos podem usar esses canais para oferecer recomendações personalizadas, responder a perguntas em tempo real e até mesmo concluir reservas, proporcionando uma experiência de compra sem fricções.

Dados da Hootsuite e We Are Social revelam que as novas gerações preferem usar redes sociais a mecanismos de busca tradicionais para pesquisar informações sobre marcas, com 82% das pessoas seguindo alguma marca ou empresa no Instagram e 52% já tendo comprado algum produto ou serviço descoberto na rede social. Isso sublinha a importância de integrar o social commerce nas estratégias de marketing digital do turismo.

14- Live shopping: compras em tempo real

O live shopping, ou live commerce, está revolucionando o setor de turismo ao combinar transmissões ao vivo com a capacidade de compra em tempo real, diretamente na plataforma de transmissão. Esta inovação oferece uma experiência de compra sem fricções e altamente personalizada, permitindo que os espectadores façam reservas e compras enquanto assistem a uma apresentação ao vivo sobre um destino, hotel ou experiência turística.

Este formato tem um crescimento notável no Brasil, triplicando sua presença no primeiro semestre de 2023, conforme indicado pela VTEX. Este aumento é evidenciado não apenas pelo crescimento de mais de 40% nos pedidos concluídos durante as sessões de Live Shopping, mas também pelo aumento significativo no número de carrinhos de compras, sugerindo uma maior propensão dos consumidores à compra. Além disso, o país viu um aumento na frequência dessas lives, alcançando um total de 364 transmissões no primeiro trimestre do ano de 2023, com cada sessão durando em média 71 minutos.

Fatores como o uso generalizado de smartphones, a melhoria na conectividade à internet, a popularidade das redes sociais e o desejo dos consumidores por experiências de compra divertidas e interativas têm sido cruciais para esse crescimento. Uma das principais vantagens do Live Shopping é a capacidade de interagir diretamente com os clientes em tempo real, oferecendo uma experiência de compra mais personalizada. Originalmente popular entre os setores de moda, beleza e cosméticos, essa estratégia agora se expande para outros segmentos, incluindo casa e construção, alimentos e bebidas, turismo e tecnologia, demonstrando sua versatilidade e apelo amplo.

A indústria de vendas ao vivo, segundo o Ebit Nielsen, tem potencial para crescer 26% ao ano no Brasil, aproximando-se rapidamente do próprio e-commerce. O Live Shopping transcende a mera transação, proporcionando entretenimento e a oportunidade de conexão com ídolos, influenciadores e celebridades. Este formato deu origem a fenômenos de vendas no Brasil, como a influenciadora Virginia Fonseca, que alcançou um faturamento de R$ 22 milhões em apenas 13 horas de live com sua marca WePink.

A chave para o sucesso do Live Shopping reside na criação de conteúdo que engaja o consumidor, oferecendo-lhe razões para permanecer na transmissão e efetuar a compra. A estratégia de incorporar brincadeiras e desafios tem se mostrado eficaz para manter o interesse de um público amplo. Além disso, o mercado de Live Shopping não se restringe apenas a grandes influenciadores, apresentando um grande potencial para qualquer negócio com consumidor direto e também no segmento B2B, onde empresas vendem produtos e serviços diretamente para outras empresas. Isso evidencia o vasto potencial dessa indústria, que promete transformar a maneira como as pessoas compram e vendem online.

15- Storytelling: conectando emoções

O storytelling emerge não apenas como uma tendência, mas como uma força transformadora no marketing digital do turismo. A arte de contar histórias autênticas e cativantes se tornou essencial para criar uma conexão emocional profunda com os viajantes. As marcas de turismo que dominam essa arte estão descobrindo o poder de transformar simples clientes em verdadeiros embaixadores da marca.

A pesquisa “Para onde vai esse tal de storytelling?”, conduzida pela Lukso em 2022, destaca a crescente importância do storytelling como ferramenta estratégica para marcas que buscam estabelecer uma conexão genuína com seus consumidores e fomentar engajamento. O estudo, que ouviu 500 pessoas de variados gêneros, idades entre 18 e 45 anos e das classes A e B em São Paulo, revelou que uma grande maioria, 88,8%, percebe as marcas como competentes narradoras de histórias.

Curiosamente, a pesquisa aponta que 77% dos entrevistados acreditam que os próprios consumidores são os mais aptos a contar as histórias de uma marca, superando funcionários (38,8%), diretores da empresa (20,2%) e influenciadores ou celebridades (16,8%). Isso sublinha a valorização da autenticidade e da perspectiva do consumidor no processo de storytelling. Histórias baseadas em realidades concretas são consideradas as mais impactantes, com 97,6% dos participantes enfatizando a importância da verdade e autenticidade. Narrativas que envolvem personagens reais, eventos, sucessos e até fracassos são as que mais ressoam, especialmente quando são inspiradoras (43,8%), emocionantes (19,8%) e informativas (13,0%).

A pesquisa também destaca uma demanda por maior diversidade nas histórias contadas pelas marcas, com 65% dos entrevistados expressando que ainda estamos longe de alcançar uma representatividade verdadeira no storytelling. Este é um chamado claro para que as marcas abracem uma gama mais ampla de vozes e experiências em suas narrativas. O impacto de uma história bem contada é significativo: 66,4% dos consumidores tendem a seguir a marca nas redes sociais, enquanto 63,0% compartilham seu conteúdo. Além disso, 56,6% consideram comprar produtos da marca após serem impactados por sua narrativa, e 14,8% tomam essa decisão imediatamente.

Complementando esses achados, um estudo da Headstream reforça a importância do storytelling no marketing, com 75% dos consumidores enfatizando a necessidade das empresas incorporarem histórias em suas estratégias de marketing. No contexto do turismo, o storytelling atua como um catalisador para conversões, pois as histórias genuínas e relacionáveis criam um vínculo emocional que vai além do interesse casual. Elas têm o poder de influenciar decisões de compra, incentivando os consumidores a escolherem uma experiência de viagem baseada na emoção e na conexão pessoal.

As tendências emergentes no marketing digital estão transformando o setor de turismo, abrindo portas para experiências de viagem mais ricas, personalizadas e cativantes. Estas inovações não só indicam um mercado em constante mudança, mas também criam oportunidades únicas para tornar cada viagem inesquecível. E você, já está alinhado com essas novidades? Está curioso para explorar como essas tendências podem elevar a experiência dos seus clientes? Vamos continuar essa conversa nas redes sociais! Conecte-se comigo para descobrir mais insights e dicas sobre como navegar no futuro do turismo pelo marketing digital.

Fonte: turismo.uai